terça-feira, 31 de outubro de 2017

Paleta de cor pra que te quero

As cores influenciam tudo ao nosso redor e muitas vezes deixamos de notar isso. Que tal mergulhar um pouco em seus efeitos com base em algumas produções cinematográficas?

Por Alyne Cristine 

Para uma obra audiovisual sair do papel e criar forma é preciso elementos que transportem o espectador àquele ambiente. As cores ajudam neste efeito. "A definição de um conjunto de cores é trabalhado em todo o segmento da obra, desde cenário, iluminação e até figurino", explica Priscila Noronha, formada em Audiovisual. "O espectador pode não reparar, mas cada cor foi pensada detalhadamente de acordo com o cenário, personagem e as emoções que queiram passar em cada frame do filme'', diz.

A partir deste recorte da relevância das cores no cinema, vale destacar que a tela é capaz de transmitir inúmeras emoções, como a raiva, presente em produções do diretor Quentin Tarantino (ele costuma optar por um figurino que se choca com o cenário cheio de sangue em seus filmes) ou a doçura, percebida nas cores primárias contrastantes do diretor Berry Jenkins em Moonlight – Sob a Luz do Luar, vencedor do Oscar 2016.

Alex R. Hibbert como Chiron em Moonlight


“Sob a luz do luar, garotos negros ficam azuis. Você está azul. Então vou te chamar assim. Azul”

Se você ainda não assistiu à produção que levou a última estatueta do maior prêmio do cinema hollywoodiano, por favor, acesse o Netflix ou qualquer outro serviço de streaming. O filme conta a história do personagem principal Chiron, um garoto negro, homossexual e morador da periferia de Miami ­­- que possui uma mãe viciada e é criado por um traficante e sua esposa - cuja história se compõe também na coerente mudança de texturas e no peso que as cores vão assumindo ao longo da projeção, como explica Hanna Beachler, responsável pelo design e direção artística, em entrevista aos veículos de comunicação especializados em cultura: “Essa foi uma das primeiras coisas que o diretor Berry Jenkins e eu conversamos: Como misturar uma visão bastante estilizada com um mundo muito real. Tivemos que combinar os tons de rosa de South Beach, os neons e a arquitetura cubana com um pouco dos projetos do filme de uma forma que daria uma tela perfeita para a história que transformaria completamente a ideia de masculinidade em sua cabeça.”

Fotografado por James Laxton e colorido por Alex Bickel, o filme de Jenkins estabelece já em seu primeiro plano uma tensão visual que permanece durante toda a narrativa. Com um elenco predominantemente negro e latino, as cores pulsam e transmitem todos os sentimentos não ditos, assim como preenchem os olhos de quem assiste.

O bizarro que todo mundo acha lindo
Falando sobre o mundo exótico e cheio de cores de Tim Burton, o filme Grandes Olhos se passa entre o final dos anos 50 e início dos 60, possui tonalidades fortes, sombrias (a cara do Tim) sendo uma história emocionante e real.

A produção é sobre o pintor Walter Keane (Christoph Waltz)  conquistando o sucesso ao comercializar pinturas enigmáticas de crianças  com olhos grandes. Ao longo do filme, a verdade bizarra de que sua esposa Margaret (Amy Adams) produzia os quadros vem junto de abusos, loucura e redenção da personagem, em tempos onde mulheres eram ensinadas a obedecer a seus parceiros. 

Tim Burton deixou os excessos de lado para encarar uma trama mais próxima da realidade. Muitas mulheres ainda são silenciadas como Margaret e o campo artístico, assim como outros, ainda é um espaço predominantemente masculino, onde muitas delas ainda são objetificadas e silenciadas.

Walter e Margaret discutindo – Grandes Olhos

Que tal um desafio?
O que pensa ao visualizar a imagem acima?
Dor? desafio? Tensão, prazer ou tristeza?

Segundo pesquisas acadêmicas, o vermelho simboliza guerra, violência, alerta, calor, perigo, amor, já o preto, morte, tristeza, sujeira; o verde, calma, esperança e coragem. 

A cor vermelha está ligada a emoções fortes, excitação e até mesmo tensão. 

Viviane Andrade, jornalista e designer, ao assistir ao filme destaca uma fotografia com uma separação muito clara que "supõe que Walter é o vilão da trama e Margaret é a vítima injustiçada.''

Mas por que ela? Enquanto ele está sob tonalidades escuras e fortes, ela se encontra mergulhada em branco, preto (pela obscuridade que sua vida ali estava) e verde, que simboliza esperança e liberdade (desejo de produzir sua arte de forma autônoma sem abuso).

Margaret expondo seus quadros antes de conhecer Walter

Antes de entrar em um relacionamento abusivo, as cenas em que mostram Margaret tentando levar a vida por meio da sua arte são recheadas de tonalidades claras que combinam com seu cabelo loiro, simbolizando ingenuidade e até mesmo sensualidade, algo que despertou interesse do charlatão Walter.

Cores na palma da sua mão
Já pensou que louco entrar no Twitter e ver detalhadamente a paleta de cores do seu filme preferido e ainda pedir para ver aquele que você adora? O usuário @CINEMAPALLETES mostra cenas icônicas de centenas de filmes e já estão no coração de muitos designers, profissionais do audiovisual e simpatizante como eu.

  Angelina Jolie como Malévola

Colormind é uma plataforma que usa inteligência artificial para obter a paleta de cores de um infinito de mídias. Nele, você só precisa fazer o upload de uma imagem cuja paleta você quer captar e o programa vai processar e informar até cinco das principais tonalidades ali presente. E não precisa ficar preso com filmes! Você pode fazer o mesmo com fotografias e imagens.


  O site Tecnomundo fez um teste com o álbum do Sepultura
                              

Mais para assistir
Obras que deram um show e mostraram claramente a importância da paleta com psicologia aplicada no cinema para atrair telespectadores e influenciar em suas emoções.


Assistir a filmes é conhecer uma história por meio de imagens, mergulhando em narrativas produzidas para conter ideias e sentimentos, realistas ou ficcionais.

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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Por trás do Youtube

Número de pessoas que fazem da plataforma uma renda cresce e ganha fãs assíduos. 

Por Flavia Salles 

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Foto: Capadócia 

O Youtube é hoje a principal plataforma de hospedagem de vídeos e também a segunda rede social mais acessada no Brasil – são mais de 1 bilhão de usuários, segundo dados divulgados pelo site.

Presente em 88 países e disponível em 76 idiomas diferentes, o YouTube se tornou um meio rentável para influenciadores digitais, conhecidos como youtubers, que produzem vídeos em massa e são acompanhados por milhões de pessoas diariamente.

O especialista em Marketing Digital, Lucas Freitas, atualmente conteudista da empresa iHouse Web, comentou sobre a plataforma que vem ganhando o público e originando os youtubers: 

Lucas Freitas fala sobre a nova plataforma de influência de massa. 

Inicialmente este mundo era composto apenas por amadores, hoje é palco para comunicólogos e empreendedores da área da comunicação que fizeram das produções e da assessoria parte da sua renda mensal. Serviços como roteiros, edição de vídeos, criação de lojas virtuais e até mesmo negociações de patrocinadores são cada vez mais trabalhados.

Este novo meio trouxe movimento ao mercado atual. Um exemplo são as lojas online que também lucram com estratégias de marketing de conteúdo baseadas em produção de vídeos online, além de contarem com a força dos influenciadores a favor da divulgação de produtos e serviços.

Entre as muitas faces presentes no Youtube, estão comediantes, gamers, entrevistadores, jornalistas e especialistas, todos com objetivos diferentes, como entreter, ensinar, mas com uma meta em comum: alcançar mais internautas a cada dia.

Em entrevista ao site da BBC Brasil, Breno Soutto, consultor de marketing digital e inteligência, afirma que “esse movimento veio para tornar mais acessíveis temas muito técnicos”.  Como o caso da jornalista Nathalia Arcuri, fundadora do primeiro canal de entretenimento financeiro do Brasil, que afirma ser “poupadora por opção, jornalista por profissão e especialista em finanças pessoais por vocação”. No seu canal Me Poupe!, aborda temas de educação financeira, ensinando pessoas a investirem e pouparem dinheiro. Como apresenta em seus vídeos, Nathalia ficou conhecida por conquistar seu primeiro milhão aos 32 anos, após poupar e investir durante anos. Hoje, tem quase 900 mil inscritos e vídeos que passam de 32 milhões de visualizações.

Conheça um pouco mais sobre a jornalista blogger: 

A jornalista Nathalia Arcuri conta um pouco da sua jornada. 

Entre os canais de entretenimento que “bombam” na internet está o do humorista Whindersson Nunes, que atualmente passa de 22 milhões de inscritos. Isso porque existem diferentes formas de aumentar o alcance do seu canal, como o patrocínio e a relevância, ou seja, quanto mais curtidas, comentários, visualizações e compartilhamentos, mais fácil do Google entender que o canal é relevante e ranqueá-lo na página inicial do YouTube. Alguns ainda aproveitam a fama para lançar marcas e ganhar produtos.

O estudante Guilherme Pin, de 20 anos, conta que acompanha 27 canais no YouTube e que a plataforma é um meio de ver seus conteúdos preferidos que não estão na grade da televisão. Confira: 



A jornalista Ariane Locatelli, por sua vez, escolheu criar um canal de entrevistas abordando assuntos do dia a dia, como: estilo de vida, família, relacionamentos, carreira e saúde. Conforme conta em seus vídeos, o canal foi criado para dividir as experiências vividas após os 30 anos de idade, tema que rendeu o nome Jovem de 30, ao canal, que hoje tem cerca de 40 mil visualizações.

Assista a um pouco mais sobre a jornalista blogger:

A jornalista Ariane Locatelli fala sobre o seu canal. 

Outro ponto positivo do YouTube é que é possível monetizar o canal, ou seja, a grosso modo, transformá-lo em dinheiro. O processo de monetização inicialmente era realizado pelo Google (proprietário do YouTube), que escolhia quais pessoas convidar para incluir na categoria de criadores, que recebiam uma parte dos anúncios mostrados. Agora, qualquer um pode se inscrever no programa e passar a ganhar com seus vídeos, contanto que tenha ao menos um deles que gerem receita. Isso quer dizer que você precisa ter ao menos um vídeo com visualizações o suficiente para que sejam exibidos anúncios nele. Confira a lista de critérios.

Para os novos influenciadores é importante lembrar que alguns cuidados devem ser adotados para chegar ao sucesso e aumentar a visibilidade dos vídeos e canais. São diversas as estratégias, como otimização de SEO (Search Engine Optimization) para Youtube, utilização dos vídeos como apoio para divulgação da mensagem em outras mídias, diversificação de formatos e profissionalização de produção e pós-produção, além de análise de dados com o Youtube analytics para a definição de melhores dias, horários e tempo de duração dos vídeos.

Veja dicas do especialista em Marketing Digital, Lucas Freitas:

Lucas Freitas dá dicas incríveis para ter um canal de qualidade e sucesso. 

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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Estrelas do pop e os novos estilos musicais

Batidas voltadas ao country, soul e R&B são inspirações para os últimos lançamentos artistas internacionais

Por Lucas Brandão

Com estilos opostos e melodias estritamente diferentes, Miley Cyrus e Demi Lovato escolheram o mês de setembro de 2017 para divulgarem seus novos trabalhos. A coincidência entre as estrelas, que já trabalharam juntas no Disney Channel, chegou a alimentar boatos na mídia sobre uma possível rivalidade. Mas, para quem gosta de música pop, esse não foi um ponto negativo. 

Assim como o público esperava, ambas mostraram algo bastante diferente de tudo o que já haviam apresentado anteriormente: enquanto uma buscou limpar a própria imagem, a outra se esforçou para indicar certo crescimento. 

Demi Lovato lançou Tell Me You Love Me, seu sexto álbum de estúdio. Para a divulgação inicial, a popstar escolheu a faixa Sorry Not Sorry, que marcou sua melhor posição nas paradas, desde o início da carreira, em 2008. A morena chegou a entrar para o TOP 10 das canções mais estáveis dos Estados Unidos, alçando a oitava posição na lista mais importante da Billboard.  

No geral, o álbum foi muito bem recebido pelo público e pela crítica especializada. Com nota 75 no Metacritic de um conjunto de críticos mais influentes do mundo, o disco alcançou a mesma colocação que a aclamada Adele.  

A composição do disco ficou por conta da própria Demi. Com letras provocantes, sensuais e bastante pessoais, a cantora focou em contar sobre sua fase viciada em drogas e relacionamentos amorosos. Voltadas ao R&B e soul, as canções poderiam facilmente ser interpretadas por cantoras como Beyoncé e Rihanna, que são veteranas no ramo. Segundo a youtuber Fernanda Soares, do canal OK! OK!, ainda há certa influência no icônico álbum Blackout, de Britney Spears. 

                                                          Divulgação

Já Miley Cyrus, a antiga Miss American Dream dos Estados Unidos, trabalhou para "limpar a imagem" que formou em 2013, segundo dizem os próprios fãs. Voltada para o country, a diva, de 24 anos, interpretou letras leves, românticas e melancólicas, todas de sua própria autoria. 

É o que acredita Larissa Andrade, de 19 anos, que se intitula como smiler, assim como a estrela pop nomeia seus fãs. "Eu gosto muito do Bangerz [álbum lançado em 2013], mas acho que a Miley precisava dessa mudança. Ela estava causando muito e o pessoal já não estava gostando mais", disse a fã.

Claramente inspirado no álbum Joanne, de Lady Gaga, o sexto disco de estúdio de Miley, intitulado Younger Now, não recebeu a aclamação esperada pela gravadora, mas abriu espaço para uma nova personalidade da artista. 

Diferente dos anos anteriores, em que aparecia com roupas ousadas em apresentações extravagantes, e, até mesmo, fumando cigarros de maconha em cima do palco, agora Miley aparece de forma muito mais contida, se apresentando apenas com voz e violão. Apesar da redução e intimismo no estilo, o álbum, no geral, conseguiu aproximar Cyrus de seus fãs. 


                                                           Divulgação

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Lotação é transporte rápido em São Paulo? Funciona melhor que ônibus?

A equipe do FAPCOMUNICAONLINE acompanhou o vai e volta de usuários das chamadas RTOs (Reserva Técnica Operacional) entre Guarulhos e a capital que rodam entre segunda-feira e sábado

Por João Rafael Pinheiro

Com certeza, você deve ver todos os dias um monte de pessoas com a cara fechada indo para o trabalho. Principalmente, na região metropolitana de São Paulo, onde moram mais de 21 milhões de pessoas concentradas em 39 municípios, segundo dados da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A). Especialmente em Guarulhos, a cidade sem estação. A segunda maior cidade da região, somente atrás da capital. E todo esse contexto tem uma relação de amor e ódio com ônibus e lotação.

Segundo o IBGE, 146,3 mil pessoas se deslocam de Guarulhos/São Paulo, o maior do país todos os dias. A grande parte das pessoas, 118 mil, sai de Guarulhos para trabalhar e estudar e 28 mil fazem o caminho oposto.

Danilo Brasil, motorista, e Alexandre Oliveira, cobrador de lotadão entre Guarulhos/São paulo 
Foto: João Rafael Pinheiro/FAPCOM



Lotação na veia
Em Guarulhos, especialmente, grande parte das pessoas gostam das RTOs (Reserva Técnica Operacional) ou a popular lotação. Diversas dessas circulam diariamente pelos municípios, com uma relação diferente com seus usuários - há passageiros fiéis, que utilizam do serviço de segunda a sábado. Alguns delas dizem que é mais rápido, ou mais divertido, pois têm uma descontração em relação aos ônibus.

31 pontos, 10 carros na frota e 19 horas de operação diária. Essa é a linha 591, que leva guarulhenses do Jardim Paraíso até o Metrô Penha em São Paulo. A linha é operada pela Viação Atual Ltda, que conta com seis dos 10 carros da frota. Os intervalos da linha têm em média 40 minutos, mas pode variar. O veículo 3.068 faz este trajeto de segunda a sábado. Com seus passageiros multivariados - domésticas, estudantes, seguranças, pedreiros e todas as profissões possíveis - e uma dupla de motorista e cobrador que presta qualidade e eficiência. 

Ivanilda Valadares, ou a Vicky como ela gosta de ser chamada, utiliza todos os dias a condução. Na primeira viagem das 5h20, ela senta no último banco, lá no fundo. Sem caô, ela vai falando besteira e causos da vida o caminho todo.

Vicky faz esse percurso há 19 anos, já que trabalha como cuidadora de idosos em Perdizes. Ela diz que perde cerca de seis horas no transporte público por dia, além de gastar, somente com o transporte até o Metrô, R$ 267,00. 

Já Alessandro Carvalho, 38 anos, faz o caminho inverso -utiliza a linha para ir a Guarulhos, onde trabalha de pedreiro de acabamento. Carioca da gema e com sotaque bem característico, ele elogia o sistema operado pelo carro 3.068. 


Ele afirma que é bem mais confortável que o ônibus, pois tem cobrador e motorista e não somente o condutor no ônibus, que em Guarulhos faz diversas funções como: dirigir, cobrar, liberar a catraca, supervisionar quem sobe e desce, fechar a porta, ver se alguém passa mal e transportar cerca de 80 pessoas. Isso causa atrasos nas viagens e fere o artigo 28 do Código Brasileiro de Trânsito/ Lei 9503/97, que diz “Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997: Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.


Já na lotação, as tarefas são divididas. 

Em Guarulhos, apenas duas linhas da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) permanecem com cobradores: 104 - (Bom Clima - Metrô Tucuruvi) e 802 (Terminal Metropolitano Taboão - Metrô Tucuruvi). A Viação Atual foi a última a se adequar ao sistema, já que a Guarulhos S/A e  E.O Vila Galvão já tinham se adaptado. 


Mas nem tudo é perfeito.. Tem coisas, que como diz os mineiros, “estrovam”. Hamilton José Francisco, de 47 anos, segurança que utiliza diariamente da lotação e trabalha na Rua Sete de Abril, região central da capital, além de preferir utilizar este serviço da RTO, diz que aos domingos quando as lotações não operam passa um grande perrengue. Pois, para o Jardim Paraíso, há três percursos até o Metrô Penha. A linha 591, expressa e via Dutra de segunda a sábado; A linha 590, expressa e via Ayrton Senna, que somente circula em horários de pico de segunda a sexta; E a linha 253, diária e que ao longo da semana dispõe de uma frota maior. Mas aos domingos é a única que corre e com uma frota de quatro ônibus. Tem reclamação do usuário.



Explicações da EMTU
Outros usuários do transporte, que não quiseram se identificar, também reclamaram das condições dos ônibus, como falta de acessibilidade, bancos duros e sem conforto, atrasos, e ônibus, que segundo os próprios passageiros, estão velhos.

Em nota, a EMTU informa que: “Sobre a acessibilidade dos ônibus que circulam nas cinco Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo, conforme a Lei Federal nº 5296/2004 o prazo para que 100% da frota de ônibus urbanos do país tenham todos os itens de acessibilidade termina em outubro de 2018”.

Quanto aos atrasos, a empresa afirma que: “A operação das linhas também é monitorada pelo sistema de geolocalização capaz de indicar desvio de itinerário, não cumprimento de partidas e outras ocorrências que podem gerar ações específicas para garantir o nível do serviço prestado pelas operadoras”.

Devido ao novo corredor em Guarulhos, que liga o Terminal Taboão, até o Terminal Vila Galvão ambos da EMTU, a empresa Atual teve que se adequar, com veículos que têm portas na esquerda. Com isso, trouxe uma frota alternativa. Mas o que se viu são ônibus de 2004, que vieram de Campinas e região e estão ‘quebrando o galho’ já que não possuem acessibilidade, nem conforto aos usuários. Em uma pesquisa rápida, a equipe do FAPCOMUNICAONLINE levantou que o veículo, que atualmente faz uma das linhas da Viação Atual, já foi da empresa Boa Vista em Monte Mor, também pela EMTU. É de 2007, ou seja, mais de 10 anos rodando. Em comparação, a Guarulhos Transportes têm mais linhas e uma frota bem maior com carros de 2012 a 2016. O que mostra o descuido com quem usa as linhas administradas pela Viação Atual.

A EMTU admite que “também faz regularmente inspeções na frota metropolitana, a fim de verificar itens de manutenção, conservação e segurança dos veículos. Na constatação de irregularidades o ônibus fica retido até o conserto. No processo de inserção de novos ônibus, o procedimento é o mesmo para a autorização da inclusão. No Consórcio Internorte, do qual a empresa Atual faz parte, de janeiro a agosto deste ano foram realizadas cerca 860 vistorias na frota de 880 ônibus”.

Vale lembrar que quem mora em Guarulhos tem que se submeter a isso, pois o Metrô não chegou até a cidade; a CPTM, em breve, na Linha 13- Jade, ligará o Aeroporto Internacional de Cumbica até a Estação Engenheiro Goulart na Linha 12-Safira, mas que só atenderá uma parte da população.

Capa e Padaria, isso mesmo? Conheça

Danilo Brasil, de 28 anos, está neste meio há 11, seis como cobrador e cinco como motorista. Dirige o carro 3.068, que faz 10 viagens de segunda a sábado e divide o volante com seu irmão Dário.


Danilo é um corintiano, dirige com felicidade. Ele afirma que gosta do que faz, devido a convivência social. “Eu gosto de ver gente, de conversar com o povo. Conhecer outras pessoas”. Danilo ou Capa, que é seu apelido, devido ao físico 'estupendo", brinca constantemente com seus passageiros tornando o caminho de 22 quilômetros menos cansativo e mais descontraído.  


O companheiro dele na jornada Guarulhos/São Paulo é o cobrador Alexandre Oliveira ou o Padaria (apelido "herdado" do antigo local onde trabalhou anteriormente). Com 30 anos e casado, o palmeirense é doido pelo time e se você é tricolor, corintiano ou santista e seu time perdeu para o Verdão, é certeza que ele vai tirar sarro a viagem inteira. “Eu gosto de trabalhar aqui, conhecer pessoas. Pelo menos neste trajeto, nunca aconteceu nada de acidente. Então, quer dizer, que a gente é abençoado e vai Palmeiras!”, grita. 

Após saírem às 15 horas, e com o intuito de complementar a renda que é de R$ 3000,00 por mês, tanto Danilo quanto Alexandre são motoristas do Uber. Sim, isso mesmo, eles não param e até nisso fazem uma competição. Danilo consegue tirar até R$ 500,00 por dia em comparação com Padaria que tira R$ 200,00. 

O percurso feito pela Linha 591 vai desde o extremo de Guarulhos, próximo ao novo Terminal Metropolitano da EMTU, até a estação Penha da Linha 3 Vermelha, do Metrô de São Paulo. 


Se você tiver a curiosidade de conhecer a linha ou tem que ir até Guarulhos, estes são os horários: Partidas Paraíso - (05h25, 06h50, 08h50, 10h50, 13h, 15h20 e 17h15) Partidas Metrô Penha - (06h15, 07h50, 09h50, 11h40, 14h, 16h20, 18h30).

Lembrando que as lotações não circulam após às 20 horas, horário que a última RTO parte da Penha, pois a EMTU fecha a catraca neste horário. Os ‘perueiros’, como são chamados, têm que folgar pelo menos um dia na semana, seja sábado ou domingo.

Para reclamações, a EMTU orienta para Ouvidoria da empresa por meio do site www.emtu.sp.gov.br/ouvidoria ou 0800 724 05 55 (de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h (inclusive feriados).


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O Príncipe - Crônica em Áudio

Por Leonardo Battani



Confira a descrição do áudio na íntegra: Saio do metrô apressado. Não somente por vontade própria, mas também pelo forte empurrão de todos atrás de mim. Um formigueiro de pessoas buscam pela escada rolante e, por fim, a saída.

Na rua, os carros rodam em alta velocidade para os dois sentidos, as buzinas a guincharem, os escapamentos a tossirem e eu a me sufocar. Atravesso o asfalto esburacado com cuidado. A chuva da noite transformou pequenos buracos em oceanos.

No ponto de ônibus, o tumulto é grande quando a água acumulada no meio-fio invade a calçada. A agitação chega ao ápice quando, em meio a água revolta, a gente toda quer subir no coletivo e sentar na janelinha.

Arrumo um espaço para mim catraca adentro enquanto dois estudantes são barrados catraca afora. Havia se passado um minuto das 2h disponíveis para integração.

Jogo os olhos indiscretamente para o celular a minha frente, de um passageiro qualquer. A manchete deixa clara a mensagem: crianças não podem repetir merenda nas escolas. Pisco, viro os olhos, e em outro celular, o Príncipe da democracia exalta algo em um dos seus vídeos no Facebook.

Olho pela janela e encaro a parede cinza do elevado. Meu estômago retorce. Talvez indigestão. Faço uma anotação mental: devo cortar margarina Doriana do café da manhã.


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HTML é a linguagem das minas

Projeto na área de programação incentiva a entrada das mulheres no universo da tecnologia e mostra que o problema da exclusão é muito maior do que se pensa

Por Bervelin Lins
O ambiente tecnológico desde sempre foi direcionado aos homens. Desde pequenos, são eles quem recebem incentivos para o mundo da tecnologia e ocupam a principal voz quando a conversa é voltada para o lado nerd. Enquanto as mulheres são educadas para brincar com bonecas, eles ganham jogos para ajudar no desenvolvimento de habilidades.

Com criações diferentes e a imposição sobre mulheres de atenderem aquilo que a sociedade classifica como “coisas de meninas", a tecnologia e o gênero feminino são separados por um abismo. Uma pesquisa do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), por exemplo, mostra como a desigualdade entre homens e mulheres nessa área é gigantesca.

Em 2015, segundo o instituto, dos 330 integrantes no curso de computação da USP(Universidade de São Paulo), 38 eram mulheres, ou seja, apenas 11%. O número chocou três amigas, que decidiram fazer algo para mostrar “HTML também é a linguagem das minas” e assim criaram o projeto “Minas Programam”. O objetivo do projeto não é apenas inserir mulheres no âmbito tecnológico, mas também mostrar que o problema da exclusão é muito maior do que se pensa.

"Estávamos muito em contato com a temática de direitos digitais e percebemos que essa discussão era fortemente pautada por homens. Começamos a pensar o porquê disso", conta uma das fundadoras do projeto, Bárbara Paes, 24 anos, formada em Relações Internacionais, na USP. "Como e por que as mulheres ficaram tão excluídas desse espaço?", questiona.

Elas não visam apenas oferecer um curso sobre programação, e sim, algo acessível onde mulheres possam compartilhar conhecimento e se sentir confortáveis, sem serem julgadas ou menosprezadas.

Para Fernanda Baldino, também formada em Relações Internacionais, para quebrar com qualquer tipo de estereótipo, mulheres que ocupam espaço no mundo da tecnologia mostram que também manjam muito do assunto. Também integrante do grupo, Fernanda acha que a tecnologia é algo que agrega em vários âmbitos da vida. "Você não precisa necessariamente seguir na área de tecnologia para querer ter este conhecimento, você pode aplicar em outros âmbitos, podendo ser uma advogada que entende de tecnologia e aplica isso em seus contratos ou você pode usar a programação para abrir sua loja online", explica.
Outro ponto discutido com as alunas é o por quê da desigualdade nesta área. Assim, fica mais fácil compreender que suas dificuldades não são uma questão técnica. “As mulheres foram deliberadamente excluídas do mundo da tecnologia, excluídas das universidades, dos cursos de ciência da computação, porque é uma área rentável e envolve muito poder econômico", explica Bárbara.

E para a inclusão delas nesse meio é necessário incentivar. "A gente viu que não tinha muito estímulo, que era uma coisa muito mais voltada para meninos e que vários tem esse conhecimento na vida, coisa que meninas não tinham", complementa.

O que é o programa
“Minas programam” é um curso que não trabalha só com a teoria da tecnologia, os números ou softwares, o empoderamento feminino também é trabalhado. Ao discutirem o problema estrutural que divide homens e mulheres, elas desconstroem em cada uma que está ali, querendo entender mais sobre este mundo, que o problema não está apenas nelas por achar que não entenderam um determinado código, mas que a questão vai muito além.
Fora as dificuldades de enfrentar uma sociedade que não apoia as mulheres, outro grande inimigo é a própria autoconfiança abalada por essa questão. "As dificuldades que antes elas achavam que eram individuais, entendem ali no coletivo, que compartilham dessas com outras garotas que passam pelos mesmos obstáculos", sintetiza Fernanda.
Bárbara revela já ter ouvido de algumas alunas que já foram expostas de forma negativa. “Tinham muitos relatos de meninas no curso, que foram humilhadas em sala de aula e desacreditadas totalmente ao longo da sua trajetória na escola.”
Na visão da Bárbara, integrar as mulheres nesses espaços é fundamental nesta luta. "Precisamos da discussão, precisamos da tecnologia para criar várias soluções. É preciso que mulheres ocupem esses espaços, para começarmos a pensar em soluções" 



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As três teorias mais famosas de Game of Thrones (GoT)

Confira as polêmicas mais famosas do universo da série e dos livros de George R.R Martin.

Por Tamires Vitorio

Enquanto a próxima – e última! – temporada de Game of Thrones não chega (e não tem nem data confirmada), os fãs continuam firme e fortes na criação de teorias baseadas tanto na série quanto na saga de livros de George R.R Martin. 

Confira abaixo as três teorias mais populares:

1. Tyrion também é um Targaryen

A primeira teoria escolhida é a de que Tyrion Lannister é na verdade um Targaryen. Supostamente filho de Aerys, o Rei Louco, e de Joana Lannister, Tyrion seria irmão de Daenerys – e assim, a terceira cabeça do dragão.

Tyrion aprendeu direitinho com a (talvez) irmã Cersei Lannister


2.  Jaime vai matar Cersei

Outra teoria bastante famosa entre os fãs de GoT é a que gira em torno das profecias que Maggy, a rã, fez para Cersei Lannister. Uma delas é a de que o valonqar (valiriano para irmão mais novo) irá matá-la: obviamente Cersei associou a teoria ao irmão Tyrion, mas muitos acreditam que, na verdade, a história está falando de Jaime – mesmo sendo o irmão gêmeo de Cersei, alguns segundos mais novo.

"Legal"


3. Bran é o rei da noite

Talvez a teoria mais mirabolante de todas as teorias já criadas no universo do seriado, ela aponta que Bran Stark é na verdade o rei da noite – MAS O QUÊ? Pois é, senta aí: de acordo com os criadores dessa versão, Bran wargou* no Rei da Noite e não conseguiu mais sair.

"Preferia estar morto" - Bran del Rey

E se prepare – pois o inverno está chegando (mesmo que a gente não saiba quando).


Perdoa o erro de português e foca no Pennywise

*Habilidade de entrar na mente de animais (e pessoas) e controlá-los

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Jornal Laboratório

Este blog é uma versão teste e provisória do Fapcomunica Online, jornal laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação

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