No Brasil, o público começa a entender e acompanhar as temporadas de um dos esportes mais populares dos Estados Unidos
Por Bianca Lemos
O futebol americano, um dos esportes mais populares na terra
do tio Sam, está conquistando espaço entre os brasileiros, que começam a
destrinchar as particularidades do esporte no país mundialmente conhecido pelo
futebol moleque — jogado com os pés— e cheio de trejeitos.
No país, a ESPN, emissora americana, transmite as partidas
desde 1992, e atualmente é a única emissora com direitos de transmissão no Brasil. O
esporte chegou a ser concomitantemente televisionado pela Rede Bandeirantes e
pelo Esporte Interativo anos atrás.
Em fevereiro de 2017, os fãs da NFL (National Football League) assistiram ao Super Bowl, o campeonato mais esperado do ano. Muito mais que uma partida
comum, o Super Bowl é literalmente um verdadeiro show. Nos intervalos, estrelas, como Beyoncé, Madonna, Katy Perry e Lady Gaga, fazem a alegria do público.
Neste ano, o evento ocorreu no dia 05 de fevereiro e foi
televisionado pelo Esporte Interativo e ESPN no Brasil, que inclusive foi líder absoluta em audiência entre os canais fechados, comprovando o crescente interesse dos
brasileiros, que deixaram de assistir às suas programações usais para
concentrar-se nas partidas norte-americanas.
Guilherme Massi, de 21 anos, de São Paulo começou a acompanhar a liga de
futebol americano há cinco anos, e desde então assiste a todas temporadas, seu
hobby número um. Nas horas vagas, Guilherme se divide entre o Tricolor Paulista
e o New York Giants, time que aprendeu a amar e vibrar com cada vitória. “Eu gosto muito, sempre gostei de acompanhar esporte, sou
são-paulino desde criança, cresci indo para o estádio com meu pai. Quando
conheci o futebol americano, completamente diferente de tudo que eu estava
acostumado, me apaixonei”, diz.
Guilherme administra desde 2014 o Giants da Deprê, uma
página no Twitter dedicada ao ‘Gigante de Nova York’. Lá, interage com outros
fãs do esporte, narra as partidas e se diverte com os comentários dos
seguidores.
Guilherme, 21, é torcedor fanático do New York Giants.
Foto: Bianca Lemos
Foto: Bianca Lemos
“As pessoas enxergam o esporte como algo confuso, é uma barreira.
As pessoas assistem, não entendem e desistem. A ESPN faz um ótimo trabalho,
transmite uns sete jogos por semana, geralmente as narrações são boas, eu gosto
muito do estilo deles. Como o jogo é longo, eles não tratam a narração de uma forma
técnica, eles fazem brincadeiras, piadas, fica um clima agradável”, explica Guilherme.
Rompendo as barreiras dos Estados Unidos, a NFL realizou
partidas em países como Inglaterra e México. O Brasil também estava na rota,
mas especula-se que, devido à ameaça do Zika Vírus e a instabilidade política
no país, a ideia foi descartada.
Para Guilherme, esse seria o melhor dos mundos. “Seria
incrível essa aproximação do público brasileiro com os jogadores,
principalmente se fosse um jogo do nível do Pro Bowl [jogo amistoso entre os
melhores jogadores da temporada] porque como não vale nada, seria um atrativo
para os jogadores conhecerem o público de outros países e outras culturas”,
conclui.
O que esperar
Para essa temporada, Guilherme adianta que o time
nova-iorquino não tem chances entre os rivais. “O time tinha uma boa
expectativa para a temporada, porque além da classificação para os playoffs do
ano passado, o time estava jogando bem e a defesa se consolidava como uma das
mais sólidas da liga. O único problema do ano passado era a linha ofensiva que
não ajudava o Eli Manning [quarterback titular da equipe] e isso persistiu até
a atual temporada, porque não houve reforços para o setor”.
Na contramão dos Giants, que sofre com os problemas no
ataque, os rivais Philadelphia Eagles e Dallas Cowboys surgem como os
favoritos para ganhar a divisão e se classificar para os playoffs, o
‘mata-mata’ do campeonato.
Saiba mais sobre as expectativas de Guilherme acerca do desempenho dos Giants:
0 comentários:
Postar um comentário