quarta-feira, 8 de novembro de 2017

High-tech nos festivais de música eletrônica

O papel da tecnologia nestes grandes eventos 


Por Bruno Gambini


Produtores de festivais de música eletrônica apostam todas as fichas na inovação, que é a chave para realização de qualquer projeto do estilo. Desde o som, eletrônico e embrionariamente tecnológico, há todo um cenário montado com intuito de transmitir uma experiência completa ao público: iluminação, equipamentos e infraestrutura. Os palcos são tomados por apresentações pirotécnicas que costumam tirar o fôlego de quem frequenta



Vídeo de abertura do Festival Tomorrowland Brasil 2015 em Itu (SP) retirado do Youtube

Luz

A iluminação de um festival é um forte estímulo da psicodelia experimentada e é igualmente importante para sua completude. Ela tem o papel de ressaltar, escurecer, colorir e criar efeitos visuais que são capazes de alterar o ambiente, além de, ininterruptamente, misturar-se ao som. Toda aparelhagem é composta por diversos equipamentos tecnológicos, como, por exemplo, refletores, projetores, strobos, telões de LED, etc.

Maurício Marques, 30 anos, designer de iluminação e integrante da banda “Electro Beat Orchestra”, que, curiosamente, dispõe de um repertório próprio, formado pela junção da música eletrônica com sonoridades e timbres de instrumentos clássicos, avalia a importância da luz para um festival. “A luz cria um 'universo paralelo' e traz a 'magia' para o evento. Quanto se acerta nos momentos (deixas) em que a luz faz algo (movimento, troca de cor, explosão, etc.) cria-se um misto de sensações que são combinadas com o som. É absolutamente essencial!”, explica. 


Gif: gif retirado de "giphy".









A equipe de produção de um festival busca investir, cada vez mais, na inovação de seus eventos. Com o objetivo de atrair mais público, a modernização é a aposta elementar de seus produtores. Desde a entrada no espaço, seja por meio de leitor de digital ou outra forma que implica diretamente na diminuição de suas filas, a todo um contexto estrutural e decorativo que foi previamente planejado. Segundo o produtor de festival de música eletrônica “Tic Tac Festival”, Lucas Almeida, 30 anos, primeiro, os envolvidos trabalham com o tema da festa. "Depois, desenhamos, de forma geral, a estrutura do evento, juntamente com os técnicos de cada área. Todas as técnicas empregadas e os efeitos surtidos são estudados conforme cada edição”, diz.


Além disso, a tecnologia pode valer-se, também, para a divulgação do festival. Atualmente, responsáveis por atrair frequentadores (os chamados “staffs”) utilizam, especialmente, as redes sociais para disseminar informações que instigam mais público. “A maior parte das pessoas ficam a par do evento através das redes sociais, tanto no que diz respeito às informações mais básicas referentes à data, horário e local quanto, também, sobre as outras atratividades, além, claro, da interação entre os usuários que estão confirmados”, comenta Pedro Vitor, 21 anos, divulgador de eventos. Recursos tecnológicos do tipo transmissões ao vivo e compartilhamento de material de divulgação também são necessários para o sucesso do festival. 


Vídeo: aftermovie de divulgação da última edição "Paraísos Artificiais", da "Tic Tac Festival".


O que é

A música eletrônica carrega esse nome devido às batidas que, independente do estilo, são criadas eletronicamente. Esse processo dá-se a partir de softwares e programas específicos voltados para produção musical. Diferente de outros gêneros, a música eletrônica pode ser inteiramente gerada por meio de um único computador. A figura responsável por toda produção e contextualização da música (ou "track", termo corriqueiramente utilizado) é conhecida como DJ, ou melhor, DJ/produtor. Geralmente, são esses os mesmos que estão em cena, atrás da pickup, no comando de qualquer festival. 

Estilos

Os estilos de música eletrônica podem ser diferenciados de acordo com sua frequência sonora, que é determinada, aliás, por suas BPM's (batidas por minuto). Existem, hoje, distintas vertentes representando o gênero. São elas: Techno; Progressive House; Electro; Tribal House; Deep House; Prog; Drum 'n' Bass; Lounge; Psy; Minimal; Trance; etc. Cada qual busca transmitir uma vibração característica que pode ser considerada puro reflexo dos avanços tecnológicos e marca registrada do DJ de autoria. "Cada vez mais surgem novos sons e formas de produção. A música acompanha a tecnologia e isso é um grande benefício para profissionais e amantes da música", afirma Viktor Raphael, 27 anos, DJ e produtor musical em São Paulo. 

Segue abaixo um exemplo de "Progressive House", criado por Viktor Raphael, pela gravadora "East Pole Records", em julho de 2013:

















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Este blog é uma versão teste e provisória do Fapcomunica Online, jornal laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação

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