Idosos na era da internet

Terceira idade está entrando no ambiente tecnológico

Por Tamires Santiago

Turma da terceira idade na aula de informática para iniciantes

“Eu quero aprender a postar foto no Facebook” é o que afirmou a Senhora Cursty, de 62 anos, quando chegou â escola de tecnologia. Ela e muitos outros idosos estão cada vez mais aderindo a conectividade. Segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Informação (Cetic), entre 2012 e 2016 a porcentagem de idosos com mais de 60 anos conectado à internet subiu de 8% para 19%, e o número tende a subir ainda mais.

Há opções gratuitas em escolas e universidades públicas na cidade de São Paulo, como o programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI) e a Biblioteca Parque Villa-Lobos com oficinas de informática, sobre smartphones e redes sociais.

E também instituições privadas, como a IBIT, escola de tecnologia especializada em cursos de informática para a terceira idade e que conta também com um curso para aprender a mexer em celulares (o valor do curso de informática é a partir de R$ 279, em seis vezes. As aulas para aprender a mexer com celular custam quatro vezes de R$ 179). Os alunos, que vão de 60 a 80 anos, são atentos e anotam tudo que o professor fala. O professor Lucas Ferrarezi, de 21 anos, conta que a procura pelas aulas é alta. “Já cheguei a dar aula para uma senhora de 97 anos”, afirma.

A escola oferece as aulas em turmas pequenas para que o professor posa auxiliar todos os alunos. Dura uma hora, uma vez por semana. Como lição de casa cada aluno deve praticar o que aprendeu em aula e trazer dúvidas para a aula.

Vera Bebiano nunca fez aula e ganhou um Iphone 6S de aniversário dos filhos. Demorou meses para aprender a mexer, mas confessa que hoje é muito conectada. “Eu uso bastante whatsapp, o que não sei fazer pergunto para minha neta”, conta.

Aurélio Bebiano, de 78 anos, trabalhou durante anos usando computador. Hoje, ele confessa que não se lembra da maioria das funções básicas do computador. “Sem usar computador a gente fica enferrujado, esqueço funções mínimas”, lamenta.