O município da zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo vem enfrentando problemas na área - problemas se arrastam há anos e envolvem a administração de diferentes prefeitos e partidos
Por Tamires Vitorio
Médico examina paciente em postinho de Osasco // Foto: Ivan Cruz (Visão Oeste da Editora Visão Oeste)
Reclamações sobre os postos públicos de saúde de Osasco são as mais variadas: vão de falta de
equipamentos até ausência de médicos especializados. O que indica que a maioria dos moradores, especialmente das regiões mais pobres, está descontente com a gestão destes espaços públicos essenciais, não somente no mandato do
atual prefeito Rogério Lins (PTN), mas também no anterior, de Jorge Lapas (na época do PT. Atualmente filiado ao PDT). Algumas reclamações foram feitas já em 2013, durante o mandato de Lapas.
No grupo do Facebook Reclamações da cidade de Osasco, diversos
moradores relatam suas experiências ruins com a saúde pública. “Estou gestante
de cinco meses e até agora não passei em nenhuma consulta do pré-natal. Tive que
pagar três ultrassons que fiz, até o remédio que estou tomando não tem no
postinho e tenho que comprar”, relata Cibele Godinho no grupo. “Além disso, fiz
os exames no postinho há mais de um mês e não consigo pegar os resultados”,
finaliza. “Uma vergonha: no postinho Neide Alves (localizado na Cidade das Flores) não tem sulfite para impressão de exames e receitas e um clínico atende como pediatra e ginecologista por falta de médicos”, conta outra moradora.
Mas, mesmo quando os profissionais necessários estão presentes, o atendimento é lento. "Nunca vi um pronto socorro daqui sem médico, mas, na UBS Vasco da Rocha Leão, às vezes, tem um ou dois doutores para atender muita gente, o que faz com que o atendimento demore muito", afirma Lucas Schiavon, 20 anos. A UBS Vasco da Rocha Leão, localizada no bairro Veloso, é uma das mais lotadas e procuradas pelos moradores de diferentes bairros do município.
Sandra Silva, 49 anos, conta que a falta de medicamentos é também bastante comum no dia-a-dia dos postinhos osasquenses. "Frequento o posto de saúde do Jaguaribe e faz dois anos que estou esperando um exame. Outro problema é que, depois de marcar clínico geral, demora cerca de 60 dias para alguém ser atendido", afirma Sandra. "O atendimento, no entanto, é bom. Mesmo com as dificuldades, eles continuam tratando os pacientes com carinho", relata.
Bruna Manfrin, de 20 anos, passou pelas mesmas experiências com clínicos gerais. "Uma vez tentei marcar clínico geral no posto do Cipava e me avisaram que não tinha agenda porque os dois médicos responsáveis estavam de férias. Depois, no dia da consulta, me ligaram para cancelar porque o médico teve problemas pessoais e não pode ir", conta. Os problemas também acontecem na área de ginecologia. "O postinho sempre informa que só tem vaga para gestantes, só que eu passo neste especialista para pegar receita de anticoncepcional. Se eu não passar, não vou tomar o remédio e vou engravidar", explica. "O problema é a má administração da saúde pública. Com isso, você vai se cansando com o descaso e acaba deixando de ir e consequentemente negligencia a sua própria saúde", finaliza.
Mas, mesmo quando os profissionais necessários estão presentes, o atendimento é lento. "Nunca vi um pronto socorro daqui sem médico, mas, na UBS Vasco da Rocha Leão, às vezes, tem um ou dois doutores para atender muita gente, o que faz com que o atendimento demore muito", afirma Lucas Schiavon, 20 anos. A UBS Vasco da Rocha Leão, localizada no bairro Veloso, é uma das mais lotadas e procuradas pelos moradores de diferentes bairros do município.
Sandra Silva, 49 anos, conta que a falta de medicamentos é também bastante comum no dia-a-dia dos postinhos osasquenses. "Frequento o posto de saúde do Jaguaribe e faz dois anos que estou esperando um exame. Outro problema é que, depois de marcar clínico geral, demora cerca de 60 dias para alguém ser atendido", afirma Sandra. "O atendimento, no entanto, é bom. Mesmo com as dificuldades, eles continuam tratando os pacientes com carinho", relata.
Bruna Manfrin, de 20 anos, passou pelas mesmas experiências com clínicos gerais. "Uma vez tentei marcar clínico geral no posto do Cipava e me avisaram que não tinha agenda porque os dois médicos responsáveis estavam de férias. Depois, no dia da consulta, me ligaram para cancelar porque o médico teve problemas pessoais e não pode ir", conta. Os problemas também acontecem na área de ginecologia. "O postinho sempre informa que só tem vaga para gestantes, só que eu passo neste especialista para pegar receita de anticoncepcional. Se eu não passar, não vou tomar o remédio e vou engravidar", explica. "O problema é a má administração da saúde pública. Com isso, você vai se cansando com o descaso e acaba deixando de ir e consequentemente negligencia a sua própria saúde", finaliza.
A Prefeitura de Osasco, depois de contato da Equipe do FAPCOMUNICA ONLINE, não se manifestou sobre o assunto. Em declaração recente para veículos de comunicação local, a Secretaria Municipal da Saúde divulgou que os postos de saúde têm profissionais - mas a população (e a mobilização dos moradores, especialmente nos espaços digitais - mostra o contrário.
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