Por Letícia Pontes*
As redes sociais como Facebook e Twitter têm uma
característica muito interessante: são dinâmicas. Hoje, qualquer pessoa tem o
potencial de ser um comunicador e influenciador de opiniões usando estes
espaços, basta comentar em posts de amigos, links de notícias ou participar de
fóruns.
A política é um dos temas mais discutidos nesses ambientes
digitais, e tópicos como posicionamento ideológico, machismo, feminismo,
esquerda e direita tomam proporções enormes.
A administradora de condomínios Martinha Silva, 45, de São
Bento do Sul (SC), analisa que os internautas opinam sem considerar
posicionamentos contrários aos seus. "Creio que o debate sempre é bom, porém ainda
temos pouca maturidade para um debate construtivo. A maioria das pessoas que
interagem nesses posts não procura informação de fontes confiáveis. Observo que
muita gente não lê, ou não conseguiu interpretar o texto, e já sai dando sua
opinião".
As conversas são, em grande maioria, superficiais, já que a
maior parte dos leitores de notícias são “leitores de manchetes”. Muita gente
lê apenas o título de uma matéria e já se considera completamente informado e
entendedor do assunto em questão, isso é um erro. Infelizmente, o excesso de
informações disponíveis nas redes, ao invés de ajudar a fomentar debates ricos
em informações e pontos de vista divergentes, está empobrecendo o diálogo das
massas.
Além disso, a grande polarização gera discussões,
xingamentos e acusações. Martinha ressalta que isso não acontece só na
internet. "Meu filho
mais velho é de esquerda e eu sou de direita, isso causa polêmica até dentro de
casa, com pessoas que se amam, imagina na internet entre pessoas que nem se
conhecem", comenta.
É importante ressaltar que a cultura participativa e o
ativismo político proporcionam esperança de que as pessoas possuem voz em uma
sociedade marcada pela corrupção, descrença na classe política e incertezas
sobre o futuro da nação. "Na minha opinião o debate politico dá retorno positivo ao
cidadão brasileiro. As pessoas têm liberdade para opinar sobre vários assuntos
como a reforma da previdência, que vai atingir os pobres e revogar um direito
adquirido”, afirma a vendedora Carina Souza, 34, de Suzano (SP).
É essencial que as
pessoas saibam diferenciar as fontes e informações confiáveis de opiniões de
movimentos sociais, partidos políticos, comentaristas e jornalistas para que se
estabeleça um debate construtivo nas redes sociais.
*Estudante do 6º semestre noturno de Jornalismo da FAPCOM.
FAPCOMUNICA ONLINE - produção jornalística desenvolvida na disciplina Jornalismo Digital: Práticas Laboratoriais, com supervisão da professora Fernanda Iarossi
FAPCOMUNICA ONLINE - produção jornalística desenvolvida na disciplina Jornalismo Digital: Práticas Laboratoriais, com supervisão da professora Fernanda Iarossi
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