terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Apps para intercambistas

A tecnologia não tem limites e os brasileiros, através de programas de intercâmbio pelo ensino de idiomas, conta com ela para se virar em terras gringas

Por Lucas Nascimento 


Crédito: Gonçalo Dumiense (Easy Easy Apps)

Reprodução / Digitalks

A aventura de um intercambista sempre precisa de alguns toques essenciais, seja na tela do celular ou no clique pelo computador. Nos países que recebem brasileiros com uma abertura mais plena, através de programas de intercâmbio pelo ensino de idiomas, a acessibilidade é promovida e facilitada para atender a necessidade deste perfil.

É claro que a frequência de utilização de certos aplicativos ou sites, seja no Brasil ou fora daqui, vai depender como decorre uma associação imediata. Ou seja, um aplicativo que um nativo usa com maior frequência para um fim, o intercambista talvez possa encontrar outra forma ou vice-versa. E isso provém de algumas regras aplicadas aos intercambistas que os nativos não precisam, por se ocuparem deste próprio fator.


Crédito: Divulgação / Giphy.com

A certeza de que temos milhares formas de facilitar a nossa vida é muito clara. Portanto, sempre valorizamos estes privilégios que só a tecnologia pode nos oferecer, independente de onde nossos pés queiram pisar.

O avanço tecnológico se deu como uma grande promessa a ser cumprida a partir da década de 1970, com a criação de computadores que reduziam o esforço mental na efetividade de cálculos para as pessoas. E a partir daí, o computador gigantesco passou a dar esperanças e possibilitar ideias muito criativas. E, conforme a tecnologia ultrapassava fronteiras, o tamanho do acervo que se apetece pela entrega de tais ideias passava a diminuir, até caber na palma da mão, e seus recursos, se tornarem invisíveis a olho nu.

A adaptação de tablets, celulares e computadores pelas poderosas marcas do ramo tecnológico, como Samsung, LG, Apple, Asus e Sony, trouxe ao mundo um espaço jamais imaginado, pois ele não é físico e não tem vias materiais para a sua propagação: o ciberespaço ou cyberspace. 
Este espaço se mostra cada vez mais “invasor” e mostra indícios de “interdependência” na relação midiática e produção de novas mídias ou até a reprodução de feitos individuais. 


Crédito: Divulgação / Giphy.com


Um mundo em ON/OFF
Quando imaginaríamos que o mundo poderia ser ligado, ou sequer desligado, por minúsculos botões de acessórios tão leves e pequeninos? Parece que nosso mundo não sai do lugar se não usarmos, ao menos uma vez ao dia, algum aplicativo para mostrar nossa existência no planeta.

O planeta foi superado pela conexão invisível entre aparelhos, pessoas, almas. A adaptação de se viver passa por teclar botões todos os dias a partir do momento que entendemos a importância de todo o ciclo tecnológico e a participação do ser humano nos tempos atuais.


                                            Crédito: Divulgação / Giphy.com 

Podemos descrever esta intensa relação da humanidade com as possibilidades oferecidas pela tecnologia em três vertentes, que se diferem pelas formas de morar no Brasil, viajar para fora do Brasil e com volta definida, e viajar para fora do país buscando outro país para morar e se relacionar com outras pessoas mundo afora.


Crédito: Divulgação / maxxyustas (Depositphotos)



Aqui no Brasil, há uma adequação um tanto quanto falha na ideia de expansão tecnológica, pois, os aplicativos produzidos para fins no próprio país, independente do seu modo de funcionamento, se confundem ou não são indicados de forma correta o suficiente pelas autoridades. Por exemplo, o aplicativo do Bilhete Único da capital paulista não traz a permissão de uso para quem vai a Santo André, Santos, Guarulhos, Araraquara ou Itu; nem em Belo Horizonte, Porto Alegre ou Fortaleza. O que acontece com a utilização de aplicativos tanto de mobilidade urbana quanto de outras necessidades é que o país não promove uma unificação da malha tecnológica, ramificando por cidades, estados e empresas de um mesmo ramo. Há também aplicativos de acúmulo e reserva de dados, que promovem buscas de demandas variadas como comida, roupas e lazer, como Peixe UrbanoGoogle Maps, aplicativos de email ou funcionalidades das operadoras de celular.



Crédito: Divulgação / Giphy.com

O brasileiro ama viajar, não é mesmo? E quando o destino é fora do país verde e amarelo, a sensação de se sentir perdido é mais que certa e, com isso, a busca de aplicativos que ajudam a não se envolver em apuros, principalmente pela diferenciação tanto linguística quanto cultural, torna-se essencial. 
Assim, o viajante brasileiro vasculha no “pai Google” um aplicativo ideal específico para cada intenção durante a jornada, seja pela confiabilidade pelo serviço, aderência de conteúdo em português e facilidade de uso. E os aplicativos que lotam o dispositivo móvel por semanas são excluídos assim que decola o voo de volta, para sobrar mais espaço para os registros fotográficos.


Crédito: Divulgação / photoncatcher63 (Depositphotos)

 Agora, para quem sonha estar lado a lado com os pontos turísticos de forma mais próxima, vivenciar novas culturas, ter acesso a tudo que se era visto apenas em filmes e séries, além de descobrir novos lugares em outras oportunidades e aprender novos idiomas de forma mais eficiente e rápida, promovendo o crescimento pessoal e profissional, o intercâmbio se tornou a modalidade ideal para ajudar os brasileiros a observar o mundo com outros pontos de vista e notar que há muitos aplicativos tão acessíveis e úteis quanto os daqui.

                          

Crédito: Divulgação / Giphy.com


           Clique em OK e conheça o mundo
Quando decidimos explorar outras terras de modo definitivo, a tecnologia se mostra como nossa melhor companheira. Assim, a adaptação de novos intercambistas é facilitada com o auxílio das tecladas monstras nos diversos aplicativos que estão por todo o mundo, seja específico do país ou de grandes empresas, que se encaixam onde quer que estejamos.

De acordo com o professor da FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação) Maurício Gasparotto, a influência dos elementos da tecnologia móvel serve para aglomerar experiências e enriquecer o mercado turístico. “Só tem a crescer e expandir de maneira justa e muito diversificada”, destaca.

Sobre o Brasil, ele relata uma dúvida: “Sinto que o povo brasileiro é culturalmente desconfiado, por sempre dar um jeitinho em tudo. E detalhe: é um dos países que mais produz aplicativos no mundo".


Crédito: Divulgação / Giphy.com



Crédito: Divulgação / Almagani (Depositphotos)


Que aplicativos como GoogleFacebookWhatsapp e Instagram são unanimidade a qualquer pessoa que deseja morar fora do Brasil, ninguém pode duvidar. Agora, a forma de utilização destes aplicativos varia muito de acordo com o perfil de cada intercambista. 



             
      
     Crédito: Divulgação / Giphy.com

ÁFRICA DO SUL 

A administradora e empresária Marília Martone, de 47 anos, está na África do Sul há doze e conta sobre o uso da tecnologia no seu dia a dia em terras africanas no começo ao mudar-se para lá:




         Mas o choque foi grande no início da jornada.





Ela observou toda uma evolução dentro de um país que, mesmo depois de um período dolorido de segregação, a vontade de crescer despertada na nação sul-africana foi coroada com a oportunidade de sediar uma Copa do Mundo, em 2010. A partir daí, pelo efeito da recompensa com a associação do bloco BRICS, a África do Sul, na opinião de Marília “está um pouco à frente do Brasil”.


Crédito: Rckr88/Flickr

 
Para quem tinha acesso somente a email, MySpace e Orkut, e vê a imensidade da expansão tecnológica como um fruto de muita batalha do povo sul-africano. Mesmo assim, passou por alguns perrengues quando esta se consolidava, inclusive com o próprio WhatsApp.



 


Depois de tanto tempo, ela se sente satisfeita em dobro. Quando foi para o país, levou junto sua filha Alice, na época com 15 anos, mas que ficou apenas por um ano, devido à regressão escolar que ela deveria passar para continuar morando com a mãe. Ela relata como os sul-africanos se portam perante à tecnologia, com influência nas emissoras de televisão local.



Crédito: Reprodução / SABCTV




Crédito: Reprodução / SABCTV

Além da evolução da África, um continente que sempre se põe como referência tecnológica, depois do asiático, é o europeu. O que impressiona é a rápida retomada de recursos que aqueceram o continente após a crise econômica mundial entre os anos de 2007 e 2008 e, em separado, as recentes recessões grega e portuguesa, que incomodam muito o mercado continental. 

Ariadne Borges e Isadora Marcante vivem no mesmo continente, mas em países diferentes: Irlanda e Malta, respectivamente. Ambas as nações possuem um território que, somado, não chega nem a 900 mil Km², o que, na opinião das duas entrevistadas, mesmo morando há um tempo recente - menos de 2 anos -, concordam que a fluidez da tecnologia para auxiliar tanto aos intercambistas, que crescem em número ano após ano, quanto aos próprios nativos, surpreende em uma velocidade incomum. 




   Crédito: Divulgação / Giphy.com 

IRLANDA 



Crédito: Reprodução / E-DublinTV



A Irlanda é conhecida como a Ilha Esmeralda, graças à abundância de áreas verdes presentes em todo o país. Possui uma população com um pouco mais de 5 milhões de habitantes e uma área territorial 10 vezes menor que a do nosso país. O aumento no tráfego de mudança dos brasileiros é justificado pelos motivos relacionados à educação, visto e custo-benefício. 

A fisioterapeuta de 32 anos, que mora em Dublin, capital irlandesa, descreve que não vive atualmente sem os aplicativos relacionados a transporte e a emprego, uma vez que renovou até o ano que vem.


Conta também uma situação engraçada que passou utilizando o famoso Google Maps.

 



Outro benefício muito bacana de estar em outros continentes, inclusive na Europa, é a facilidade de viajar barato para outros lugares do continente, com rotas realizadas pelas companhias aéreas de baixo custo como Ryanair, SkyScanner, AerLingus e easyJet., bem como apps de hospedagem.

  
                                             
Crédito: Divulgação / Google Play


A busca por moradia entre intercambistas que estão na Irlanda é um fator muito concorrido nos dias atuais, devido ao volume. Com isso, até o Facebook, com grupos de auxílio, facilita conterrâneos se ajudarem na hora do aperto. Mas nada que faça um aplicativo próprio do país para dar aquela salvação. 


A experiência de um intercâmbio passa por interação social muito intensa, seja na escola, na rua, em eventos no país. E existe um app que Ariadne recomenda.                                     




Crédito: Divulgação / Google Play

E quem nunca marcou AQUELE compromisso imperdível mas tem dúvida se o din-din dá para bancar? E quando bate aquela fome da madrugada? 

Ah, se não fosse a preciosa tecnologia, né? 




  


     
Ariadne agradece aos "deuses" da tecnologia por terem criado a possibilidade da existência da tecnologia móvel, que salvou muito sua vida em um país no qual lhe rendeu muitas surpresas.

                                                                                                                                






      Crédito: Divulgação / Giphy.com 

MALTA 

Já em Malta, mesmo sendo uma pequenina ilha próxima à região italiana de Sicília, a abordagem tecnológica não perde em nada para os outros países mais extensos, tanto em fama quanto em território. Com apenas 316 km² e aproximadamente 450 mil habitantes.  

Isadora, que mora na cidade de Sliema, usa muitos aplicativos de mobilidade e redes sociais -  o que não é novidade. O mais relevante é que, mais uma vez, o Uber não conseguiu seu espaço. 




Crédito: Divulgação / Google Play



A jornalista e gerente de webcontent no ramo de games revela também que se sente muito grata em estar imergindo em uma nova cultura, em um país de extensão tão reduzida e mostra planos para continuar residindo por lá, mostrando a eficácia de sua experiência. E apresenta pontos relevantes da diferença com a postura tecnológica do Brasil.


E Isadora demonstra muita vontade de se encarar como uma maltesa, valorizando a cultura local, além de gostar e achar muito útil o transporte público maltês, com um aplicativo que quebrou um baita galho. 






Crédito: Divulgação / Giphy.com

 CANADÁ 

Canadá é o segundo país de maior extensão territorial do mundo, atrás somente da Rússia, com cerca de 9 milhões de Km². Assim, após a mudança de lei com a obtenção de seu visto, muitos brasileiros que buscam diversas carreiras em negócios e turismo, por exemplo, acabam por querer imigrar para o país vizinho aos Estados Unidos. 


Racquel Soares, de 26 anos, foi uma das sonhadoras que não aguentou respirar o mesmo ar de 200 milhões de brasileiros. A especialista no ramo do marketing faz excelentes análises da condução tecnológica canadense. Principalmente em mobilidade urbana e clima, uma vez que o Canadá também é um dos países mais frios do planeta.

 

Crédito: Divulgação / Google Play



Outra função importante citada por Racquel é uma novidade que se expande aos poucos pelo mundo, o conceito de cashback. O cashback nada mais é do que um retorno – ou estorno livre – de pequena parte do valor de um produto adquirido em determinadas lojas, feito por aplicativos específicos ou à mão livre. Apps conhecidos por aqui são o Méliuz e o Beblüe, que ainda estão em fase de adaptação, tanto do comerciante quanto do consumidor em algumas cidades brasileiras. Racquel fala sobre o eBates e o CheckOut51. 



Crédito: Divulgação / Google Play


Por estar no país para aprender inglês, e algumas províncias canadenses têm influências dialéticas francesas, Racquel mostra que dá para lidar com esta situação, que é muito característica ao redor do globo devido ao período do neocolonialismo, que influenciou em alguns dialetos durante os séculos XIX e XX. 

  


Crédito: Divulgação / Google Play

O que se nota como um todo é a relevância crescente e sem limites da apropriação tecnológica em benefício das pessoas. Devemos muito aproveitar enquanto é tempo e de maneira útil, claro.
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Este blog é uma versão teste e provisória do Fapcomunica Online, jornal laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação

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