Por Letícia Pontes
Ir a um festival de música engloba muito mais do que a
expectativa em ver e escutar o artista favorito, envolve também a ansiedade em
conhecer novas culturas, fazer amigos e viver momentos únicos.
Para que a experiência seja boa para o público, o evento precisa
estar bem organizado, com infraestrutura de palco, segurança, qualidade de som e
decoração temática.
A bancária Anna Beatriz de Paiva, 21, gosta de ir a shows
como os do Lolapalooza e Cultura Inglesa com seus amigos.
“O mais legal em um festival de música é a energia do local,
a diversidade cultural e a oportunidade de conhecer novos grupos”, destaca a
jovem.
Carla Ranieli, 21, estudante de psicologia, foi aos mesmos
eventos que Anna Beatriz. A estudante ressalta que a decoração do ambiente é
essencial para que o público possa entrar no clima do evento.
“O que eu mais valorizo em um festival é a decoração e o
respeito com os horários. Tanto o Lola quanto o festival Cultura Inglesa não
tiveram atrasos”.
As atrações internacionais são as principais nesses eventos
de música voltados ao público jovem. Carla sugere que seria bacana ter um
festival apenas com artistas brasileiros.
“Seria interessante ter um festival só de bandas nacionais,
mas eu acho que isso não é muito valorizado aqui”, analisa a estudante.
Um evento musical bastante popular na cidade que privilegia
bandas locais é a Virada Cultural, que acontece todos os anos desde 2005 e é
promovido pela Prefeitura de São Paulo.
O melhor e o pior show da vida do estudante Franklin Amorim,
25, foi em Viradas. O rapaz já foi três vezes ao evento paulista, mas não
gostou da experiência que teve em 2017.
“A qualidade do som estava horrorosa, a banda atrasou...
mas, de graça né?!”, comenta.
Desde 2010 o programador Lucas Pimenta, 23, vai aos shows da
Virada Cultural por que ele gosta da maioria dos artistas que se apresentam e
também por que é de graça. Esse ano, porém, a experiência também não foi tão
interessante.
“Eu fui a dois shows da Virada este ano. Em um deles ocorreu
tudo bem, mas no outro não. Parecia que eles não queriam fazer da melhor
maneira que poderia ser”.
Lucas também foi ao Monsters of Rock, Lolapalooza e Maximus
Festival. Para ele, a principal diferença entre os festivais pagos aos shows
gratuitos da Virada é a infraestrutura e organização.
Lucas levou a amiga Milena Ferreira, 22, ao Maximus
Festival, um evento de cultura rock que aconteceu em Interlagos este mês. A
jovem considerou a experiência inesquecível. Ela também foi aos shows da Virada
em 2015 e 2017, mas além de não gostar da maioria das atrações a jovem nota
diversos aspectos negativos no evento municipal.
“Eu achei mal organizado e a segurança um tanto falha. Eu
não me senti tão bem, não iria de novo”, destaca a analista de Service Desk.
É evidente que em festivais onde os ingressos são cobrados a
infraestrutura do evento, em um sentido amplo, tende a ser melhor. Mas, é
possível perceber que eventos públicos sempre recebem as mesmas críticas. É
preciso investir na segurança do público, na infraestrutura do local onde o
show será realizado e é claro na organização.
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