Toda fama e luxúria! Ou será que
não?
Por Larissa Costa
Glamour, riqueza, fama,
viagens... A vida de um artista proporciona tudo isso. Quem nunca sonhou em ser
uma Gisele Bündchen, uma Beyoncé ou ter uma banda de sucesso como a Guns N’
Roses? Toda vez que paramos para pensar como seria o mundo da fama sempre vem
no imaginário o sucesso e a vida boa.
Mas será que para ser artista só é preciso ter talento?
A segunda parte da série The GetDown (Netflix) aborda alguns aspectos dessa realidade. Mylene Cruz é uma das
protagonistas, ela sonha em ser uma cantora famosa e tem muito talento para
isso! Mas por ser moradora do Bronx, um bairro pobre dos EUA, não tem muitas
oportunidades. O único lugar em que ela podia se dedicar à música era na igreja
de seu pai - um evangélico ferrenho. Só que Mylene sonhava em algo maior, não
queria ser apenas uma cantora do bairro, por isso depois de algum tempo acabou
conseguindo um produtor musical bem famoso para ajudá-la. Porém, tinham as
contrapartidas. Mylene quase não podia decidir por ela mesma. Seu pai e
principalmente o produtor é que ditavam o que ela tinha de fazer, e aí ela
migrava do gospel para o romântico, para o pop... Iam fazendo testes para que continuasse no sucesso. E continuou... Todavia, não estava sendo exatamente
como ela queria.
Trailer de The Get Down pt2 Legendado
Isso me lembrou o fenômeno Pablo Vittar que ganhou muito destaque este ano com a música "K.O". Esta música tem um
estilo voltado ao tecnobrega. Como Pablo nasceu no Maranhão, esse tipo de
melodia provavelmente incorpora muito de sua vida. Algum tempo depois, ela lançou a música “Todo dia” com uma pegada do funk brasileiro. Qual será que foi
incentivo para migrar para este estilo?
Músicas da artista no Spotify:
Quase na mesma época foi lançado
o hit “Na Sua Cara”, em participação com Major Lazer e Anitta num tom mais pop.
Esse hit também me lembrou da importância dos “featurings” ou “participações”
para quem está surgindo no mundo da música. É quase inevitável fazer parcerias -
tanto com quem já é reconhecido há tempos na música ou quem está, no momento,
fazendo sucesso. Isso é como uma porta de entrada ou convite para os fãs destes
já prestigiados artistas conhecerem um novo “som”.
Esse processo de parceria a
Anitta também passou. Hoje ela é bastante reconhecida e admirada, mas quem
disse que ela não passa perrengues? Em
setembro a página “Quebrando o Tabu” replicou uma resposta da artista a um “vereador-pastor”:
E essa foi a resposta (textão) da
Anitta:
Além das dificuldades para
ingressar e se manter na fama, existem os problemas e projetos pessoais, a
família e os amigos, a necessidade de enfrentar preconceitos, manter o equilíbrio
e ter noção da responsabilidade enquanto empresa ou empregadora. Afinal, como a
própria cantora disse, tem muita gente que depende do trabalho dela.
Sempre que você observar alguém
surgindo na fama, pense no outro lado também. O lado do sacrifício e da luta de
muitos artistas que vieram de lugares quase esquecidos para agora se tornarem
exemplos de vida. Eles são tão humanos quanto nós! E certamente seus sonhos não
se resumem a chegar ao topo das paradas musicais. Claro que esse fato
proporciona muitas coisas boas e inimagináveis, mas será que isso basta? Qual o
preço da fama? Colocar-se no lugar do outro é muito importante e necessário,
também com os artistas. 😉
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