sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Alta tecnologia de aerogeradores destaca empreendimento eólico no mercado de energias renováveis

Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar tem os maiores e mais potentes aerogeradores do Brasil; além disso, possui capacidade instalada de 207 MW, suficiente para abastecer 1,2 milhão de pessoas

Por Nailson Costa

(Vídeo: Reprodução/ A2ad)

A energia eólica, produzida a partir da força dos ventos, tem se consolidado cada vez mais como alternativa de geração de eletricidade no Brasil. Em um país com matriz elétrica dependente da energia hidrelétrica (obtida por meio do aproveitamento do fluxo de água de um rio), a energia eólica mostra o seu potencial ao alcançar em agosto de 2017 a marca de 12,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada, representando 8% da matriz brasileira.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a fonte eólica fica atrás apenas da geração elétrica por biomassa (material vegetal), que tem capacidade instalada de 14,2 GW e hidrelétrica, com 94,4 GW − representam, respectivamente, 9,2% e 61,1% da força energética brasileira. Com o crescimento da energia eólica, o país pulou de 10º para 9º posição no ranking mundial dos principais produtores dessa fonte.


Aerogeradores do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul

(Foto: Reprodução/ A2ad)
Neste cenário vigoroso para a energia limpa, empresas brasileiras do setor eólico se posicionam no mercado para impulsionar ainda mais o crescimento dessa fonte renovável e, sobretudo, contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera. É o caso da Atlantic Energias Renováveis, empresa que atua no desenvolvimento, implantação e operação de projetos de geração elétrica provenientes de fontes renováveis. Com sede em Curitiba (PR), a companhia possui empreendimentos eólicos nos Estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e futuramente no Piauí.

O mais novo projeto eólico da Atlantic Energias Renováveis entrou em operação comercial no início de outubro. Isso significa que toda a energia produzida neste empreendimento já circula no Sistema Interligado Nacional (SIN) e passa a ser vendida para consumo. Implantado no município de Santa Vitória do Palmar (RS), o projeto ganhou o nome de Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar. Com investimento de R$ 1,3 bilhão, esse é o maior empreendimento da empresa em operação, pois possui 207 megawatts (MW) de potência instalada − energia suficiente para abastecer 1,2 milhão de pessoa.

“Com esse empreendimento em operação, nós confirmamos mais uma vez nossa missão de gerar energia limpa e renovável com responsabilidade social e ambiental e, claro, também com alto investimento em qualidade tecnológica”, conta o CEO da Atlantic Energias Renováveis, José Roberto de Moraes.



Aerogeradores do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar e linhas de transmissão

(Foto: Reprodução/ A2ad)
O Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar é formado por 12 parques eólicos, em uma área de 10.424 hectares, na qual 69 aerogeradores de alta tecnologia foram distribuídos. Cada um tem 3 MW de potência, acima da média instalada hoje no Brasil, que é de até 2 MW. Outro diferencial tecnológico desses aerogeradores é sua construção.


As torres de concreto possuem 120 metros de altura e os aerogeradores têm rotor com 125 metros de diâmetro e pás de 61,2 metros. Ou seja, o empreendimento possui os mais potentes aerogeradores do país, desenvolvidos com tecnologia de ponta para obter o melhor desempenho dos ventos da região sul do Brasil.

Para garantir o bom desempenho das atividades, a Atlantic Energias Renováveis conta com um Centro de Operações em Curitiba que monitora o empreendimento 24 horas por dia. Com isso, o Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar se destaca no mercado, pois possui características fundamentais de qualidade tecnológica.


Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar possui os maiores e mais potentes aerogeradores do país
(Foto: Reprodução/ A2ad)
Além de uma tecnologia inovadora, outros fatores contribuem para que o país se fortaleça cada vez mais no cenário das energias renováveis: os ventos são de muita qualidade, pois apresentam características fundamentais que potencializam a eficiência da geração de eletricidade. “As rajadas de ventos das regiões litorâneas do Brasil são constantes, com velocidades altas e não possuem turbulências ou condições extremas, gerando maior aproveitamento dos aerogeradores”, finaliza José Roberto de Moraes.

Entenda como funciona um aerogerador:

(Ilustração: A2ad)
  • Pás: captam o vento, convertendo sua potência ao centro do rotor. São construídas em processo praticamente artesanal a partir de materiais como o plástico e a fibra de vidro. O desenho das pás emprega as mesmas soluções técnicas usadas pela Aeronáutica nos cálculos de engenharia das asas dos aviões.
  • Rotor: elemento de fixação das pás que transmite o movimento de rotação para o eixo de movimento lento. Um de seus principais componentes é o sistema hidráulico que permite o movimento das pás em distintas posições para otimizar a força do vento ou parar a turbina por completo.
  • Torre: elemento que sustenta o rotor e a nacele na altura apropriada ao seu funcionamento. Embora a maioria das torres sejam de aço, como foram originalmente construídas, hoje já existe modelos em concreto.
  • Nacele: compartimento instalado no alto da torre composto por caixa multiplicadora, freios, embreagem, mancais, controle eletrônico e sistema hidráulico. É o componente de maior peso do sistema. Dependendo do fornecedor da turbina, ela pode pesar até 72 tonelada;
  • Caixa de transmissão: tem a função de transformar as rotações que as pás transmitem ao eixo de baixa velocidade (19 a 30 rpm), de modo que entregue ao eixo de alta velocidade as rotações que o gerador precisa para funcionar (1.500 rpm);
  • Gerador: converte a energia mecânica do eixo em energia elétrica;
  • Anemômetro: mede a intensidade, a velocidade e a direção do vento. Esses dados são lidos pelo sistema de controle, que garante o posicionamento mais adequado para a turbina.
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